O BlogBESSS...

Bem-Vindos!


Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..."
(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do
BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.


A Biblioteca Escolar da ESSS

PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A atualidade na Farsa de Inês Pereira

A Farsa de Inês Pereira, que foi escrita por Gil Vicente nas primeiras décadas do século XVI, veicula várias mensagens que se reatualizam nos tempos atuais.

Ao longo da obra, é possível verificar que há muitas personagens que procedem a um trabalho de dissimulação. Brás da Mata é um exemplo disso, já que, ao encontrar-se com Inês, num primeiro momento, oculta a sua verdadeira intenção com este casamento, que é a de se promover financeiramente, pois, no início do século XVI, por não haver já os despojos da guerra, a classe dos Escudeiros à qual pertence era uma classe falida, que vivia na sombra da nobreza. Hoje em dia, ainda assistimos a este fenómeno dado que há muita gente que quer aparentar o que não é através, por exemplo, das redes sociais ou exibindo objetos de luxo que, para os ter, tem de passar privações. Também na política se observa esta dissimulação através de promessas que nunca são cumpridas, que refletem a natureza hipócrita dos políticos e não as boas intenções manifestadas nas campanhas eleitorais.

Outro aspeto retratado na obra e que é possível constatar nos dias de hoje é a relação entre mãe e filha. Na farsa, Inês e a Mãe têm momentos de conflito e tensão, mas também têm momentos de afeto, como quando a Mãe aconselha Inês relativamente ao marido a escolher. Ainda hoje, apesar de tanto tempo passado, este tipo de relação se mantém igual, só com a diferença de que já é dada mais informação e mais liberdade às mulheres em alguns países do mundo, o que nem sempre, porém, resulta numa preparação desejável para o casamento. Temos como exemplo disto a recorrência de divórcios nos países ocidentais.

Por último, um tema que é intemporal é o da valorização excessiva do dinheiro e os meios a que as pessoas recorrem para o obter. Desta forma, na obra, os Judeus Casamenteiros fazem tudo por tudo para encontrar um marido para Inês, reduzindo o casamento, que devia ser um pacto celebrado com amor, a um verdadeiro negócio. Atualmente, em várias nações do mundo, há pessoas, por exemplo, que utilizam o tráfico humano — de crianças, de mulheres, de órgãos — como forma de conseguir dinheiro, violando a dignidade do ser humano.

Concluindo, a Farsa de Inês Pereira merece uma leitura atenta pelos leitores de hoje visto que há críticas que são feitas à sociedade do século XVI e que ainda estão presentes na nossa, evidenciando Gil Vicente que ainda há muitos aspetos a corrigir nas nossas mentalidades e instituições.


Autor: André Cotrim, 10ºA
Prof. João Morais

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