O BlogBESSS...

Bem-Vindos!


Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..."
(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do
BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.


A Biblioteca Escolar da ESSS

PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A Cidade em Cesário Verde enquanto Lugar de Opressão e de Deslumbramento

Cenários de resposta do teste de Português de 1 de dezembro de 2015

Leonardo Chaves, 12º F
Professor João Morais


A cidade de Cesário Verde é a Lisboa do século XIX, uma cidade que veio a conhecer a industrialização.

É uma cidade que se expande, que acolhe cada vez mais indústrias e que, por isso, se torna cada vez mais desconfortável e, sobretudo, mais suja e insalubre, agravando e evidenciando as várias disparidades existentes entre as classes sociais.

Este ambiente citadino díspar e insalubre é claramente evidenciado no poema "Cristalizações", no qual o sujeito poético observa os calceteiros, que trabalham "terrosos", no chão, dando bem a ideia de insalubridade e labor árduo das classes sociais mais baixas, o que contrasta, fortemente, com a vida ociosa e perdulária das classes mais abastadas.

A observação desta realidade citadina decadente e injusta faz com que Cesário louve o trabalho das gentes humildes e trabalhadoras, como os calceteiros in "Cristalizações", o que não invalida, no entanto, que Cesário se sinta enclausurado e oprimido, na cidade como sublinhará ao longo de todo o poema «O Sentimento dum Ocidental».

Todavia, a cidade também se afirma como um lugar de deslumbramento em Cesário Verde. Tal deslumbramento provém das diversas perceções sensoriais que o sujeito lírico experimenta.

Na quarta parte («Horas mortas») d' "O Sentimento dum Ocidental", o eu remete, sobretudo, para a perceção visual da cidade, não deixando, porém, de exercitar outras sensações, como a sensação auditiva. No mesmo poema, Cesário escuta o som dum prego a soltar-se dum telhado, capaz de constituir, para ele, um "deslumbramento".

Esta experimentação das sensações que se produzem na cidade induzem nele o desejo de "eternamente buscar e conseguir a perfeição das coisas".

Em suma, podemos concluir que a cidade na poesia de Cesário Verde se apresenta, simultaneamente, como um lugar de opressão e deslumbramento.

O povo de Lisboa: uma personagem coletiva e épica

Cenários de resposta do teste de Português de 30 de novembro de 2015, 10º C

Grupo III

O povo de Lisboa é uma das personagens da Crónica de D. João I que se reveste de uma importância capital para o desenrolar dos acontecimentos que culminarão no início da dinastia de Avis para o que teve se ultrapassar provações de grandes proporções. Por isso, é considerado uma personagem épica e coletiva.
Uma personagem épica é aquela que realiza ações em grande escala, de superação, e uma personagem coletiva é aquela que representa um grupo de indivíduos que age por uma só vontade e é animada por sentimentos, interesses e objetivos comuns. 
No capítulo 11 da Crónica, encontramos a população de Lisboa a agir corajosamente e em comunidade para tentar salvar o Mestre de Avis, que, aparentemente, se encontrava em perigo, ameaçando incendiar os Paços da Rainha e mostrando, de seguida, uma enorme alegria por ele estar salvo. 
No capítulo 115 é mostrado mais uma vez o seu espírito do comunidade, quando os habitantes da cidade se reparam para o cerco castelhano e oferecem a sua ajuda militar e civil para o que for necessário.
Ainda no capítulo 148, em “Esforçavom-se uus por consolar os outros, por dar remedio a seu grande nojo…”, observamos também que, apesar de todas as gentes de Lisboa atravessarem um período muito complicado com o cerco do inimigo, tentavam, porém, ajudar o próximo nem que fosse com algumas palavras de consolo.
Podemos, então, concluir da leitura dos diversos capítulos da Crónica de D. João I que o povo de Lisboa tem um papel ativo e decisivo neste período da História de Portugal, e que Fernão Lopes evidencia isso, mostrando a enorme consciência de comunidade deste povo, e que o desfecho dos acontecimentos advém do empenho, da sua força defensiva e anímica e da sua motivação coletiva, que levam esta massa de gente anónima a prevalecer sobre tanto sobre o inimigo quanto sobre a sua própria humanidade.

Prof. João Morais