O BlogBESSS...

Bem-Vindos!


Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..."
(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do
BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.


A Biblioteca Escolar da ESSS

PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Teste Formativo de Português (11º I) - Janeiro 2013


Prof. João Morais , 29 de janeiro de 2013

TESTE FORMATIVO DE PORTUGUÊS

I

       Lê atentamente o seguinte excerto correspondente à cena VIII do ato I do Frei Luís de Sousa:
Manuel (passeia agitado de um lado para outro da cena, com as mãos cruzadas detrás das costas; e parando de repente) – Há de saber-se no mundo que ainda há um português em Portugal.
Madalena – Que tens tu, dize, que tens tu?
Manuel – Tenho que não hei de sofrer esta afronta… e que é preciso sair desta casa, senhora.
Madalena – Pois sairemos, sim: eu nunca me opus ao teu querer, nunca soube que coisa era ter outra vontade diferente da tua; estou pronta a obedecer-te sempre, cegamente, em tudo. Mas, oh! esposo da minha alma… para aquela casa não, não me leves para aquela casa (Deitando-lhe os braços ao pescoço).
Manuel – Ora tu não eras costumada a ter caprichos! Não temos outra para onde ir; e a estas horas, neste aperto… Mudaremos depois, se quiseres… mas não lhe vejo remédio agora. – E a casa que tem? Porque foi de teu primeiro marido? É por mim que tens essa repugnância? Eu estimei e respeitei sempre a D. João de Portugal; honro a sua memória, por ti, por ele e por mim; e não tenho na consciência por que receie abrigar-me debaixo dos mesmos tetos que o cobriram. – Viveste ali com ele? Eu não tenho ciúmes de um passado que me não pertencia. E o presente, esse é meu, meu só, todo meu, querida Madalena… Não falemos mais nisso; é preciso partir, e já.
Madalena – Mas é que tu não sabes… eu não sou melindrosa nem de invenções: em tudo o mais sou mulher, e muito mulher, querido; nisso não… mas tu não sabes a violência, o constrangimento de alma, o terror com que eu penso em ter de entrar naquela casa. Parece-me que é voltar ao poder dele, que é tirar-me dos teus braços, que o vou encontrar ali… – Oh, perdoa, perdoa-me, não me sai esta ideia da cabeça…  – que vou achar ali a sombra despeitosa de João, que me está ameaçando com uma espada de dois gumes… que a atravessa no meio de nós, entre mim e ti e a nossa filha, que nos vai separar para sempre…  – Que queres?... bem sei que é loucura; mas a ideia de tornar a morar ali, de viver ali contigo e com Maria, não posso com ela. Sei decerto que vou ser infeliz, que vou morrer naquela casa funesta, que não estou ali três dias, três horas, sem que todas as calamidades do mundo venham sobre nós. Meu esposo, Manuel, marido da minha alma, pelo nosso amor to peço, pela nossa filha… vamos seja para onde for, para a cabana de algum pobre pescador desses contornos, mas para ali não, oh! Não.
Manuel – Em verdade nunca te vi assim; nunca pensei que tivesses a fraqueza de acreditar em agouros. Não há senão um temor justo, Madalena, é o temor de Deus; não há espetros que nos possam aparecer senão os das más ações que fazemos. Que tens tu na consciência que tos faça temer? O teu coração e as tuas mãos estão puras; para os que andam diante de Deus, a terra não tem sustos, nem o Inferno pavores que se lhes atrevam. Rezaremos por alma de D. João de Portugal nessa devota capela que é parte da sua casa; e não hajas medo que vos venha perseguir neste mundo aquela santa alma que está no Céu, e que em tão santa batalha, pelejando por seu Deus e por seu rei, acabou mártir às mãos dos infiéis. Vamos, D. Madalena de Vilhena, lembrai-vos de quem sois e de quem vindes, senhora… e não me tires, querida mulher, com vãs quimeras de crianças, a tranquilidade do espírito e a força do coração, que as preciso inteiras nesta hora.
Madalena – Pois que vais tu fazer?
Manuel – Vou, já te disse, vou dar uma lição aos nossos tiranos que lhes há de lembrar, vou dar um exemplo a este povo que o há de alumiar…

       Documentando as tuas afirmações com passagens do texto e construindo frases bem estruturadas, responde ao seguinte questionário:
1.        Localiza a passagem transcrita na estrutura externa e na estrutura interna da peça.

2.   Transcreve quatro argumentos de Manuel de Sousa Coutinho para convencer Madalena da necessidade de se mudarem para a casa que foi de D. João. Justifica a tua escolha.

3.         Caracteriza psicologicamente as duas personagens em cena.

4.     Identificando a época literária na qual se inscreve a peça, apresenta três traços que distinguem essa época.

II

Divide e, justificando as tuas afirmações, classifica as orações dos seguintes períodos:
Divide e, justificando as tuas afirmações, classifica as orações dos seguintes períodos:
1.      O Zé exortou os presentes para se implicarem mais nos problemas sociais.
2.      Evocaste problemas que teremos de resolver.
3.      Quem mais adivinha mais erra.
4.      O Zé partiu para Roma; a Ana, para Barcelona.
5.      A tarefa de olhar pelas crianças é gratificante.

III

            «A arte do diálogo, um dos maiores dons de Garrett, do diálogo aparentemente volúvel, caprichoso, entrecortado de jogo de escondidas, feito às vezes de palavras soltas, monossílabos, exclamações, silêncios, mas todo carregado de sentido, de subentendidos, de reservas,[…] deu nesta peça todo o seu rendimento.»
António José Saraiva & Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, 15ª ed. Porto Editora, 1989; p. 753.
Num texto expositivo argumentativo de 250 palavras, analisa a linguagem do Frei Luís de Sousa.

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