O BlogBESSS...

Bem-Vindos!


Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..."
(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do
BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.


A Biblioteca Escolar da ESSS

PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Enunciado do Teste Formativo de Português (11º B) - Novembro 2012




Lê atentamente o seguinte excerto do Sermão de S. António aos Peixes:
Nesta viagem, de fiz menção, e em todas as que passei a Linha Equacional, vi debaixo dela o que muitas vezes tinha visto e notado nos homens, e me admirou que se houvesse estendido esta ronha e pegado também aos peixes. Pegadores se chamam estes de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram. De alguns animais de menos força e indústria se conta que vão seguindo de longe aos leões na caça, para se sustentarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes pegadores, tão seguros ao perto como aqueles ao longe; porque o peixe grande não pode dobrar a cabeça, nem voltar a boca sobre os que traz às costas, e assim lhes sustenta o peso e mais a fome.
Este modo de vida, mais astuto que generoso, se acaso se passou e pegou de um elemento a outro, sem dúvida que o aprenderam os peixes do alto, depois que os nossos portugueses o navegaram; porque não parte vice-rei ou governador para as conquistas que não vá rodeado de pegadores, os quais se arrimam a eles, para que cá lhe matem a fome, de que lá não tinham remédio. Os menos ignorantes desenganados da experiência despegam-se e buscam a vida por outra via; mas os que se deixam estar pegados à mercê e fortuna dos maiores, vem-lhes a suceder no fim o que aos pegadores do mar.
Rodeia a nau o tubarão nas calmarias da Linha com os seus pegadores às costas, tão cerzidos com a pele, que mais parecem remendos ou manjares naturais, que os hóspedes ou companheiros. Lançam-lhe um anzol de cadeia com a ração de quatro soldados, arremessa-se furiosamente à presa, engole tudo de um bocado, e fica preso. Corre meia campanha a atá-lo acima, bate fortemente o convés com os últimos arrancos; enfim, morre o tubarão e morrem com ele os pegadores.
Parece-me que estou ouvindo a S. Mateus, sem ser Apóstolo pescador, descrevendo isto mesmo na terra. Morto Herodes, diz o evangelista, apareceu o anjo a José no Egito, e disse que já se podia tornar para a pátria porque eram mortos todos aqueles que queriam tirar a vida ao Menino: Defuncti sunt enim qui quaerebant animam Pueri. […] Eis aqui, peixinhos ignorantes e miseráveis, quão errado e enganoso é este modo de vida que escolhestes. Tomai o exemplo nos homens, pois eles o não tomam em vós, nem seguem, como deveram, o de Santo António.
Deus também tem os seus pegadores. Um destes era David, que dizia: Mihi autem adhaerere Deo bonum est.[1]
 
Documentando as tuas afirmações com passagens do texto e construindo frases bem estruturadas, responde ao seguinte questionário:
1. Localiza a passagem transcrita na estrutura externa e na estrutura interna do Sermão.
2. Analisa a alegoria dos pegadores considerando os defeitos que apresentam e a sua simbologia.
3. Identifica e classifica dois tipos de argumentos utilizados pelo orador.
4. Dá um exemplo de uma analogia que se realize no texto, apresentando o seu valor expressivo. Justifica as tuas afirmações. 

II 

Divide e, justificando as tuas afirmações, classifica as orações dos seguintes períodos:
1. O Zé nasceu em 15 de agosto de 1996 e entrou na escola aos seis anos.
2. Desprezaste hipóteses que não são menos importantes.
3. Quem mais critica pactua, por vezes, com a mediocridade.
4. O Zé foi para Paris; a Ana, para Berlim.
5. A tarefa de tomar conta das crianças é gratificante. 

III 

«Se Vieira procura, muitas vezes, conduzir a opinião pública, transformando o púlpito em tribuna política, o facto nada tem de excecional: no século XVII, o púlpito desempenhava também funções que hoje cabem aos jornais, à televisão, enquanto instrumentos nas mãos dos governantes.»
                                      Jacinto do Prado Coelho, «Oratória», in Dicionário de Literatura, Liv. Figueirinhas 

Num texto expositivo argumentativo de 250 palavras, mostra que, no Sermão de S. António aos Peixes, o orador privilegia a vertente de combate de ideias.


[1] «Para mim, porém, é bom aderir a Deus.». Salmo 72,2.

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